Gabriel Garcia Márquez morreu há uma década, mas um pequeno romance do autor que popularizou o gênero latino-americano de “realismo fantástico” só foi publicado agora, contra sua própria vontade.
O livro “Em Agosto Nos Vemos” foi lançado em espanhol no dia 6 de março, aniversário de Garcia Márquez, e no dia 12 de março em inglês, segundo a editora Penguin Random House.
Antes de sua morte, em 2014, aos 87 anos, Garcia Márquez disse que o livro era inútil e deveria ser “destruído”.
Mas, seus filhos e agentes revisaram os diversos manuscritos e consideraram que tinham um valor literário que pode não ter sido percebido pelo autor em últimos anos de sua vida, marcados pela perda de memória.
“Sim, nós o traímos. Mas, você sabe, nós também traímos, você sabe, uma pessoa que perdeu suas faculdades e perdeu a capacidade de julgar o livro”, disse seu filho, Rodrigo Garcia Barcha, à Reuters. .
O livro conta a história de Ana Magdalena Bach, que todo mês de agosto pega uma balsa até uma ilha para visitar o túmulo de sua mãe.
“Bom, não foi, não foi polido. Mas foi finalizado no sentido de que toda a história foi contada e teve um final”, acrescentou Garcia Barcha.
Sua família considera que o livro ainda carrega a prosa reconhecidamente bela do autor e seu profundo conhecimento da natureza humana.
Garcia Márquez era por “Cem Anos de Solidão”, um épico dinástico onírico que o ajudou a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura em 1982.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Filho explica por que publicou livro que Garcia Márquez queria destruir no site CNN Brasil.